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Jerusalém, Israel
2007

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A proposta pretende dar uma resposta ao pedido do concurso tentando estabelecer uma imagem forte e ao mesmo tempo contextualizada com o lugar.

Uma grande montanha sulcada por profundas fissuras.

A ideia/conceito sobre a qual se funda a proposta projectual corresponde à configuração de uma volumetria resultante da imagem de uma massa pétrea erosionada por agentes naturais. Os diferentes volumes propostos correspondem às áreas funcionais dos diversos departamentos e os espaços vazios estabelecem uma relação de iluminação e ventilação natural controlada, em função das características climatéricas locais.

Os condicionamentos do programa e do lugar foram os elementos que orientaram as opções arquitectónicas com o objectivo de respeitar os limites da área, as alturas dos edifícios envolventes as áreas pedidas e os materiais indicados no programa de concurso.

A complexidade do programa da Academia, sugeriu a construção de corpos paralelipipédicos cuja autonomia e identidade tem origem nos diferentes departamentos do programa.

Cada volume configura-se quase como um edifício autónomo no qual existem momentos comuns que permitem o encontro das diferentes zonas funcionais através de um sistema de circulações horizontais e verticais. O sistema de acessos verticais composto por conjuntos de escadas e elevador, localizados no topo West de cada volume liga todos os pisos e assegura a rapidez da circulação entre todos os departamentos.

O edifício é realizado em blocos de pedra local de consideráveis proporções e as juntas dos blocos formam na vertical fissuras em vidro que proporcionam uma iluminação interior apropriada e com o controle térmico necessário. A geometria do sistema de revestimento das paredes e pavimentos exteriores define uma grelha modular de cerca 90x180 cm, formando nas paredes desfasamentos na direcção vertical quase a evocar a textura das pedreiras.

Um conjunto de passadiços realizados em vidro produz as articulações horizontais sem perder o conceito de massa total do volume petreo do edifício. Esta solução vai permitir excepcionais enfiamentos visuais do centro histórico da cidade desde o interior do edifício.

A limitação da espessura dos edifícios a 9 metros além de permitir eficiência estrutural e uma espessura que proporciona um correcto sistema de ventilação e iluminação natural, pretende propor uma dimensão à escala do utilizador de modo a proporcionar circuitos claros e facilmente reconhecíveis e ao mesmo tempo uma grande interacção entre as actividades comuns da Academia

Os três metros que dimensionam em largura os pátios que se colocam entre os diferentes corpos dos departamentos repropõem a dimensão da estrada pedonal, apenas com a excepção da rampa de acesso ao parque de estacionamento que prevê a largura de cinco metros. Espécimes vegetais plantados no interior de alguns destes espaços proporcionam micro jardins acessíveis através do piso -2 localizado à cota da rua inferior.

O projecto prevê a realização de dois acessos pedonais, um aberto directamente para o espaço público localizado à cota da Basílica, o outro no mesmo alinhamento mas localizado à cota da rua inferior. As entradas que se desenvolve entre o Piso 0 e o Piso -2 e agregam as diferentes funções de uso comum são caracterizados por pés direitos duplos que proporcionam a visualização do espaço em toda a sua dimensão.

O espaço central que corresponde ao volume inserido abaixo do espaço público, transforma-se no momento privilegiado da Academia ao englobar alguns dos serviços comuns que servem toda a comunidade escolar: a cantina, o bar, o auditório, o espaço desportivo e o espaço de culto.