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Polistena, Itália
1984-1987
Cooperativa Progresso e Lavo

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Polistena com 10.000 habitantes, é um centro com muita importância na planície de Gioia Tauro, no extremo da península itálica. Depois de sofrer dois terramotos, um em 1783 e outro em 1908, poucos vestígios ficaram do antigo centro. A reconstrução sucessiva ao primeiro terramoto, de grande interesse urbanístico, apresenta uma quadrícula hierarquizada, sobre uma implantação seiscentista Espaços públicos, edifícios religiosos, palácios localizados ao longo das ruas principais e um tecido de residências menores foram a base da malha urbana com evidentes referências às cidades de fundação e aos esquemas dos grandes eixos barrocos. O palácio urbano com pátio e algumas das tipologias rurais espacialmente mais ricas foram referência na elaboração do projecto. A intervenção articula-se em duas áreas PEEP (Piano de Edilizia Economica e Popolare) e em quatro edifícios. A falta dos utentes pela manutenção dos espaços públicos de competência directa da Câmara Municipal, orientou-nos à elaboração de elementos arquitectónicos de grande impacto, com o objectivo de configurar espaços com uma escala urbana de valor “monumental”. As partes comuns dos edifícios: escadas, acessos ás garagens, galerias, etc. são pensadas como elementos autónomos aos fogos, abertas sobre os espaços comuns na tentativa de construir novos e fortes sítios colectivos. A escada exterior que dá acesso às galerias, constrói um grande plano branco como fundo do jardim evocando um cenário onde podem acontecer projecções ou representações. A pequena escadaria foi realizada como uma bancada de paragem dos espectadores/actores da cena urbana. Tratando-se de habitação social, os materiais usados foram reduzidos ao mínimo permitindo controlar com maior eficácia as difíceis condicionantes económicas e construtivas.